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Quadrado Mágico



No futebol, essa expressão geralmente é utilizada quando há no time quatro jogadores craques: dois atacantes e dois meio campistas avançados que por seu posicionamento em campo, jogam como se fossem cada um, as pontas de um quadrado imaginário.

O assunto aqui não é futebol, mas uma outra paixão nacional: os quadradinhos do projeto BX.

A família criada no final dos anos 70 / princípio dos 80, chegava com a missão de substituir Fusca, Brasília e seus derivados. Tarefa que a plataforma (popularmente conhecida como "quadrada") cumpriu com sucesso durante os quase 20 anos em que se manteve em produção.

Ainda que no Brasil não tenha existido um mercado com indústrias genuínamente nacionais, como na Alemanha, França e Japão, que permitiu a criação dos estilos German Look, French look e JDM, o brasileiro tem sim um jeito todo particular de personalizar os modelos vendidos por aqui.

A família BX com seus modelos desenhados exclusivamente para o nosso mercado, baixos e calçando as rodas orbital, são de certa forma o que mais se aproxima de um estilo genuínamente nacional.


O modelo do post de hoje, uma Parati CL 1.6 ano 1989, retrata bem o que estamos falando.

Aí você pode se perguntar: o que é que tem de mágico nessa Parati?

Bem...se você tem de 0 a 20 e poucos anos, pode ser o estado de conservação, o perfeito alinhamento da carroceria que nunca bateu, entre outros motivos... Agora se você já passou dos 25-30 anos, você vai lembrar de quando era mais moleque e tinha (ou babava no quadrado de algum amigo). Porque em apenas alguns minutos olhando pra esse carro, a gente volta no tempo... lá pro final dos anos 90, começo dos anos 2000. Muito do que se fazia naquela época, está presente aqui, ainda que um item ou outro sejam referências dos dias atuais.

O Matheus teve muito critério nestes 4 anos em que está com o carro. Pintou inteiro no lindísimo Azul Infinito, tudo com material PPG. O brilho da carroceria é realmente incrível!

Na interna, os bancos Recaro são do irmão Gol GTi, revestidos em couro: acabamento que é repetido nas laterais. A manopla do câmbio, vem dos Santana de última geração e o volante, da Parati Surf G4.

A suspensão é fixa, feita pelos caras da Mendel's. As rodas são as consagradas Orbital, só que ao inves das 14" e 15" do passado a Paratizinha usa um jogo em aro 17", com pneus Nankang 185/35 R17. Medidas que conferem o espaço suficiente para evitar atritos entre eles e os paralamas.

O proprietário Mateus, trabalha na Perfection...loja de som em Santana e lá ele foi angariando os equipamentos para montar a Parati: a unidade principal é um DVD Pioneer 5800, que ligado no módulo estéreo Alpine alimenta o kit 2 vias em Kevlar. No portamalas, uma enorme caixa selada com 2 subs Bravox de 12", são empurrados por um módulo Banda mono.

Soa como uma volta ao passado, para um tempo pré-internet, em que a gente montava os carros para aproveitar e curtir com os amigos...e não pra ganhar likes.

Um tempo em que cada segundo dos rolês eram mágicos. MUITO OBRIGADO Matheus, por nos levar de volta àquele tempo!


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